"É uma experiência gratificante você ter seu talento reconhecido lá fora. São pessoas, hábitos e costumes diferentes. Mas a arte será sempre única e universal".
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Ela é nascida em Três Lagoas (MS). Aos 11 anos era aluna de tradicional colégio de freiras, em Bauru, no interior de São Paulo, onde iniciou suas aulas de desenho e pintura. O curso da vida trouxe Wania Tibery para o Paraná, onde se casou com o médico Ascêncio Garcia Lopes, fundador e ex-reitor da Universidade Estadual de Londrina. Aqui teve os filhos e hoje vive intensamente aquilo que provavelmente lhe dê mais prazer, a arte de pintar. "Fiz vários cursos, sempre tentando aprimorar. Aprendi escultura, gravura, desenho, pintura e cerâmica, antes e depois de casada, estava sempre ligada à arte", relembra.
Durante uma temporada precisou dedicar-se mais à família. "Foi a época em que meus filhos eram pequenos e o Ascêncio estava envolvido com a fundação da UEL. Minha casa sempre estava cheia, com gente indo e vindo. E eu precisava auxiliá-lo, recepcionando as pessoas, políticos, empresários", diz.
Passada a gestão na Universidade, com os filhos maiores, apareceu a oportunidade de Wania retomar os pincéis. Iniciou aulas de gravuras com Paulo Mentem e de escultura com Letícia Faria. "Também fiz um curso com a aquarelista russa Galinda Schetcof que esteve em Londrina, a meu convite, ministrando aulas. Com ela, eu permaneci durante 2 anos e meio, indo para São Paulo me especializando".
Hoje Wania fez da sua nova residência um ateliê amplo, com cores e formas que traduzem exatamente seu estado de espírito, alegre e realizada.
Andar pela casa dessa talentosa artista mato-grossense radicada em Londrina é como caminhar por uma galeria e descobrir novos temas. O ateliê serve de cenário para quadros, esculturas em execução, detalhes de peças e mobiliário antigos. Isso tudo em perfeita sintonia com ambientes arrojados e modernos. "Esta é a minha casa, é meu jeito de ser, onde passo a maior parte do tempo. É aqui que recebo minha família, amigos, meus netos", explica.
Wania não costuma trabalhar baseada num tema. "Não gosto daquela imposição de criar baseado num tema. Prefiro a liberdade de criar conforme meu estado de espírito. Cada artista tem uma maneira de trabalhar. Também não tenho apego às minhas obras. Vendo, presenteio, e gosto de fazer isso. É claro que existem algumas obras que permanecem comigo por que fizeram e fazem parte de uma importante época da minha vida. Mas só por isso", diz.
Sempre atuante na área, ela participa de exposições e espaços de decoração, além de ter seus quadros em páginas de revistas de renome nacional. "Participei de exposições em São Paulo, Curitiba, Maringá, cidades da região. E no exterior também, junto com colegas brasileiros. Estive na Argentina, na Europa. Em Genéve, participei do vernissage e apresentei minhas obras no Salon International des Galeries D´ArtActuel e também participei do XII e XIII Circuito Internacional de Arte Brasileira nas cidades Países Áustria, China, Tailândia no ano de 2007 e Polônia, Alemanha, Áustria no ano de 2008, respectivamente. É uma experiência gratificante você ter seu talento reconhecido lá fora. São pessoas, hábitos e costumes diferentes. Mas a arte será sempre única e universal", conclui.
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