Apesar desse livro destacar os profissionais de 2008, também revela testemunhos maravilhosos, como do representante comercial na área têxtil de Londrina, Valter Pruner, natural de Brusque, Santa Catarina, mas que já se tornou um pé vermelho.
Às vezes, é incompreensível para nós entendermos porque Deus escolhe certas pessoas para passar alguns pedaços tristes na vida. Valter Pruner perdeu um filho aos 17 anos de idade (Valter Fantini Pruner) e enfrentou o desespero da esposa e o sofrimento do filho caçula, Ricardo Fantini Pruner, hoje com 28 anos. Ele precisou ser muito forte para retomar a vida da sua família. "A dor da perda de um filho é inexplicável. É uma dor que você passa a conviver com ela. É a saudade que não dá para matar", comenta.
De acordo com Valter, ele e sua esposa têm uma rotina. Religiosamente ele freqüenta a missa das 7h30, e às 9 horas ele faz sua visita dominical ao cemitério São Pedro, onde está sepultado seu primogênito. Já sua esposa vai todas as quintas-feiras ao mausoléu e carrega consigo a empregada para fazer a limpeza do túmulo.
Uma das coisas que encantam na família de Valter é o respeito e admiração que os irmãos depositam nele. Uma das cenas que presenciei em seu escritório foi à chegada do seu irmão, César, o qual lhe deu um beijo, uma coisa muita rara. Ele é aquele homem que agrega toda a família por perto. "Sou o segundo filho de uma irmandade de seis, sendo quatro homens e duas mulheres. Tenho uma irmã mais velha e em seguida sou eu. E, por ser o irmão mais velho da família a gente se sente um pouco responsável pelos irmãos, quer amparar como os pais fazem", complementa.
Valter Pruner salienta que sua educação moldou sua personalidade. Seus pais Arno e Cláudia Pruner sempre prezaram pela honestidade, o respeito e a educação. Sua formação acadêmica até o colegial foi em colégio cristão. "Eu acredito que foi essa base cristã que me robusteceu como ser humano e me ajudou a superar os obstáculos, porque a vida continua e mais pessoas dependem de nós", afirma.
O representante comercial viaja de segunda a sexta-feira, percorre um total de seis mil quilômetros com seu carro pelas estradas do Paraná. A única diferença de Valter Pruner com o caixeiro viajante de outrora que ele tem sua própria condução, não carrega os tecidos na mala. Ele simplesmente, carrega amostra de tecidos. "Isso é sagrado. Levanto-me às 6 horas da manhã, viajo de segunda a sexta-feiras. O dia que eu não puder mais viajar eu não sei o que vai ser de mim", ressalta Valter.
Ele representa uma das mais antigas empresas do ramo têxtil de Santa Catarina, fundada em 1911, a empresa Schlösser Têxtil, de Brusque. "Entrei na firma aos 14 anos. Meu avô trabalhou nela 50 anos e meu pai 40 anos e eu já estou lá há 42 anos. Também represento outras empresas como a Alpina Têxtil, de São Paulo e a Nicoletti Têxtil, de Americana (SP), e estou entre os cinco melhores vendedores dessas indústrias têxteis", explica.
O fascínio pela estrada motivou Valter a enfrentar as pistas de corrida dos autódromos. É um hobby que ele praticou muito e agora ele está mais de espectador, mas a pista de corrida sempre foi uma paixão em particular, com quem dividiu com seu filho Ricardo que algumas vezes o acompanhou no esporte e acumulam algumas estatuetas. Outro hobby que ele é aficionado é a pesca. Paulicéia que os aguardem!!!
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