"O que mais fascina é poder contribuir, pela Educação, para a capacitação e autonomia das pessoas, trazendo a ciência como balizadora das ações e projetos no cotidiano acadêmico".
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Ela é professora e pesquisadora de carreira do Instituto Federal do Paraná (IFPR), trabalha com projetos de pesquisa e extensão na área de Saúde Coletiva, Promoção da Saúde Bucal, Câncer Bucal eixo tecnológico Ambiente e Saúde. Pós-doutoranda em Saúde Coletiva na UNICAMP/Faculdade de Ciências Médicas, tem Doutorado e Mestrado em Microbiologia e Graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de Londrina. Fez especializações em Formação Integrada Multiprofissional em Educação Permanente em Saúde, em Saúde Coletiva, Biologia Aplicada à Saúde e Metodologia da Ação Docente. Londrinense, é casada com Milton Fujita. O casal tem três filhos: Mateus Tetsuo Fujita, 17 anos, Sofia Yukie Fujita, 14 anos, Willian Katsuo Fujita, 11 anos.
Berenice Tomoko Tabitana revela que optou pela educação na área de formação profissional por acreditar na sua importância para a sociedade, não só pela formação dos indivíduos, mas também pela inclusão daqueles que estão fora do processo produtivo do sistema social. Trabalhou como cirurgiã-dentista desde a graduação. Foi servidora das Prefeituras de Cambé e Londrina, atuando como dentista dos Programas municipais de Saúde Bucal e Programa Saúde da Família. Desde 2010 é docente de carreira do Instituto Federal do Paraná (IFPR-Campus Londrina). Conta que a sua maior experiência profissional foi conviver com as dificuldades que os usuários dos serviços públicos possuem e que interferem no atendimento/tratamento e educação para uma saúde melhor. "O maior desafio é fazer frente a um sistema educacional e de saúde que cobra de seus profissionais cada vez mais trabalho sem uma clara contrapartida ou apoio, como se a educação e os protocolos, sozinhos, tivessem que resolver todos os problemas sociais e de saúde", completa.
Apaixonada pela profissão, ressalta que a maior realização da carreira escolhida "é saber que contribuímos para um mundo melhor, com pessoas mais felizes e saudáveis. No meu caso, trabalho com a Promoção da Saúde que é, segundo definição da Conferência de Ottawa, um "processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo". É um desafio que motiva pelos objetivos abrangentes que tem".
A dentista, que tem uma vida de muitos compromissos, deposita sua confiança em Deus e diz que é Ele quem dá suporte, força e ânimo. "Acredito que Deus é uma presença - é Ele que providencia a proteção divina, que permite que tudo o que existe, se pensa, se fala e se faz, é envolvido por esta proteção".
Como lazer gosta de viajar com a família, ler e ouvir música. "Quando estou de férias consigo me atualizar, mas trabalhando é quase impossível. Atualmente estou fazendo pós-doutorado em Saúde Coletiva/UNICAMP. E conclui relembrando um fato marcante. "Fiz parte das primeiras equipes de PSF de Londrina e estava passando por todas as dificuldades que o Programa teve para ser implantado. Estava a ponto de desistir, quando a Associação de Moradores publicou uma carta (Seção de Cartas da Folha de Londrina em agosto de 2003), agradecendo minha atuação profissional e a implantação do Programa no Bairro. Neste mesmo período, uma senhora muito simples, que participou de uma das intervenções que chamávamos "triagem educativa no bairro", bateu à porta da UBS e me entregou uma capela com a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ela me disse que havia trazido de Aparecida, onde foi a romaria, e era a forma de agradecer por termos despertado nela, o prazer pela vida! E mostrou a prótese que repôs os dentes que completaram seu sorriso e com isso, já estava empregada e conseguindo tocar sua vida. Isto até hoje fortalece e faz acreditar no trabalho que executamos. Nós profissionais da saúde e seus formadores, fazemos um trabalho de formiguinha muito importante para aqueles que conseguimos atender e capacitar. Não acreditamos em discurso vazio... A saúde precisa de um equilíbrio Biopsiquicossocial para acontecer e isto só é possível quando se trabalha a realidade das pessoas e dos determinantes do processo saúde-doença".
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