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Graduada em Biblioteconomia pela Universidade Estadual de Londrina, Maria Aparecida dos Santos Letrari nasceu em Lupionópolis (PR), reside em Cambé, (PR), é casada com Rudimar José Letrari, mãe de Felipe, 24 anos e Henrique, 19 anos. Seguiu a carreira de bibliotecária por inspiração, é perfeccionista e organizada e o trabalho "caiu como luva", como ela mesma salienta. "Eu gosto do que faço e tenho como lembrança uma amiga que me dizia amar trabalhar em biblioteca porque o cheiro do livro novo era bom. E é mesmo", diz.
Há 28 anos ela trabalha na UEL, tem especialização em Empreendimentos Educacionais, Universidade Castelo Branco (Rio de Janeiro) e em Elaboração, Gerência e Avaliação de Projetos Governamentais (UEL). A profissional revela que mesmo diante de mitos em torno da profissão, como o estereótipo de coque, óculos e pedido de silêncio, ela atua de forma responsável, mas informal e desvinculada dessa imagem. "Eu gosto de estar em contato com as pessoas que vivem e transitam nesse ambiente. A informação transforma as pessoas. Acredito que devemos trocar conhecimentos, conversar, aprender, ler, ver, descobrir novos amigos", comenta Maria Aparecida, que atualmente é diretora do Sistema de Bibliotecas da Universidade Estadual de Londrina.
Como bibliotecária de referência, tem um trabalho especializado em capacitar os clientes no uso das fontes de pesquisa. "Bem como a normalização de documentos, cujo objetivo é orientar e revisar trabalhos, fazer pesquisa em bases de dados, auxiliando os clientes no processo de busca e no uso das fontes de informação (físicas e digitais). As bibliotecas não são apenas um espaço para guardar livros, elas têm um potencial maior e que instrui e capacita àqueles que a desfrutam", diz ela. "Profissionalmente, nesse momento estou realmente feliz, me sinto realizada. Sinto como se tudo estivesse ocorrendo ao meu favor. O amor ao trabalho me ajuda a ter mais energia, criatividade e comprometimento".
Considera-se uma pessoa abençoada e prefere não fazer planos. Crê em Deus e entrega a Ele a sua carreira, buscando fazer o melhor até chegar a sua aposentadoria. Divide o tempo entre o trabalho na Biblioteca Central da UEL e a sua família. Nas férias viaja com o marido e filhos e nos finais de semana não dispensa um bom filme, música e reunião com as amigas. Sempre que possível participa do maior evento da área que é o Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias.
Finaliza analisando a atuação do bibliotecário do futuro. "Creio que não está somente nas bibliotecas tradicionais, porque hoje o novo espaço de trabalho está na atuação em bibliotecas híbridas, digitais, consultoria informacional e gestão da informação em organizações, além das grandes possibilidades de trabalho demandadas pela web. E acima de tudo, creio e espero uma maior valorização da profissão".
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