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"Arquitetura sempre foi o meu grande sonho. Desde pequeno já desenhava e falava que seria arquiteto. Nunca pensei em ser outra coisa. Amo a minha profissão".
Conversar com Juraci Gonçalves Dias é voltar no tempo do pioneirismo londrinense. Aos 47 anos de idade, mas aparentando menos, ele revela um constante bom astral que se faz presente em sua bonita residência, local onde também montou seu Home Office. O arquiteto tem boas histórias do tio avô e avô, desbravadores que chegaram em Londrina nas décadas de 20 e 30 respectivamente a mando de Lord Lovat . "Meu avô Juvenal Correia de Faria foi um dos colonizadores, com meu tio bisavô, o senhor Ezidio Antunes de Ramos. Eles vieram desbravar nossa terra, a começar pela Gleba Palhano, onde meu avô tinha um sitio. Estes heróis do pioneirismo londrinense vieram para estas terras movidos pela exuberância do solo, da nossa terra vermelha, aqui constituíram família. Minha mãe, Dirce de Faria Dias foi professora e muitas vezes foi dar aula montada no lombo do cavalo. Dedicou-se anos à educação. E conta que na década de 50 tudo era difícil. Hoje, aposentada, ela tem muitas recordações. Meu pai foi comerciante, trabalhou na roça. Somos em cinco irmãos. Fui criado no distrito de Guaravera (PR) e desde criança eu queria ser arquiteto", conta.
Foi em 1990 que Juraci Gonçalves Dias deu asas finalmente ao sonho. Graduou-se em Arquitetura na Unifil. "Sempre fui autodidata e surpreendia com projetos. Na faculdade adorava criar, recriar, dar asas à imaginação. Não me vejo fazendo outra coisa na vida", comenta o profissional que também gosta de pintar. "A pintura também foi uma forte aliada. Sempre gostei de artes plásticas. E de alguma forma, ambas profissões têm afinidades. Adoro interiores, mas não me limito. Também gosto de paisagismo. Em arquitetura você tem que entender de tudo. Saber fazer o projeto de uma fachada de uma casa e saber trabalhar o interior da obra. Tenho isso como meta, sou dedicado ao trabalho desde o início da obra. Acompanho passo a passo. Esse é o grande diferencial de um arquiteto", revela.
Juraci é um profissional completo. E hoje atua como empreiteiro além de arquiteto. "Sou detalhista. Quando sou contratado para fazer um projeto, adoto aquela casa como minha. Então é dedicação tempo integral. Procuro assumir menos obras do que me oferecem por conta desse acompanhamento. Faço o projeto, contrato a mão de obra e coordeno tudo. Acompanho a obra desde a fundação até o final, quando ajudo a pendurar o quadro na parede. O trabalho de arquiteto vai muito além de montar projetos", diz.
Como lazer o arquiteto ressalta a importância de viajar. "Pelo menos, uma vez a cada dois anos, viajo para fora do país a fim de conferir tendências arquitetônicas e me divertir. Adoro a Itália, acho um país fantástico e não fico muito tempo longe. Mas em Londrina adoro receber os amigos em casa para jantares, reuniões ao som de uma boa música e de um bom vinho. É bom trabalhar, mas é importante manter um lazer constante", destaca Juraci que nos próximos meses se empenhará num belo projeto. "A Apae, em Bandeirantes, um local com 1.700 metros quadrados, com centro de equoterapia, e que será escola modelo no Brasil. Estou animadíssimo e feliz em trabalhar para crianças especiais", completa o profissional que é ligado e dedicado á família. "Adoro estar com eles, em especial com a minha mãe, uma mulher batalhadora, exemplo em todas as áreas da vida".
Além de Londrina, Juraci Gonçalves Dias trabalha em outras cidades do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e assinou obras na Argentina. "A fidelização dos clientes é importantíssima. Tenho clientes que estão comigo há muito tempo. Nos tornamos bons amigos", diz.
Em seu http://www.juracigoncalvesdias.com.br, o arquiteto abre a página com uma definição que retrata exatamente a sua forma de trabalhar: "O projeto ideal e perfeito é aquele que vem atender os anseios e sonhos das pessoas, sem essa máxima não há sentido da arquitetura".
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