Profissionais do Ano Londrina

Impossível ficar alheio ao trabalho de Gelza Augusta Vaz da Costa. Em toda recepção de bom gosto há um toque dessa talentosa mineira que chegou em a Londrina em 1969 e acabou ficando. Sorte para os londrinenses, que podem contar com o seu trabalho: ela cria, confecciona e encanta com suas embalagens para docinhos, além de preparar bem casados maravilhosos e que vivem arrancando elogios. Gelza é formada em Geografia npela Universidade Estadual de Londrina, trabalhou na Sociedade Rural do Paraná, no Sesc, onde deu aula de artesanato, e na Programa Leilões. "Em maio de 1977 iniciei aulas de porcelana com Alice Morioka, por insistência de minha mãe Augusta, e devo a ela , essa insistência, pois relutei muito até dar po primeiro passo,; inclusive, ela fez com que a Alice criasse um horário de aula, aos sábados, para que eu pudesse freqüentar as aulas. Fiiz aulas de porcelana até 1994 e que me abriram um leque grande, pois percebi que gostava e comecei a trabalhar com cerâmica quente. Foi quando iniciei a dar aulas particulares , em casa mesmo. Aprendi a fazer caixas para presentes, ministrei cursos de culinária em geral, ovos de páscoa e bombons, pintura em seda, bisquit, festas infantis, pintura em tecidos, bordados, entre outros. E todos estes cursos, administrei-os durante 10 anos no SESC, mas a vocação e o talento falaram mais alto., sSempre gostei de artesanato, de lidar com as mãos, de criar. Mas comecei com embalagens 1991, a convite de Neusa Kreeling, que na época organizava eventos, cuidava dos detalhes de um casamento, organizava festas lindas. Ela sempre foi muito caprichosa e talentosa. Aprendi muito com ela. Me lembro do casamento de Angélika Favoretto, quando auxiliei na organização do cerimonial e fiz a posta de guardanapos., tTrabalhei com a Neusa durante 8 anos, sem dúvida uma bela escola. Hoje, sei que faço o que melhor sei fazer e o que mais gosto", conta. Gelza adora inventar, criar novas embalagens, tanto de tecido como de papel. "Além de cortar, tinjo, engomo, corto, boleio e monto as peças. Durante um tempo, no início, cortava tudo a mão, mas depois de dois anos comprei minha primeira máquina manual, o que facilitou muito o meu trabalho,; depois adquiri minha máquina elétrica. Há 18 anos trabalho com encomendas para casamento, bodas, batizados, aniversários, etc. O que dá um prazer enorme. Minha mãe dizia que eu tenho mãos de fada; e aprendi com ela que: "o saber não ocupa espaço", tanto que hoje, escuto das pessoas: "o que você não sabe fazer? ", completa. Gelza é mãe de Márcio Vaz da Costa Suguyama, 27 anos. "Ele cursa a faculdade de Direito, trabalha numa empresa, mas também me ajuda. Meu filho sempre foi meu maior incentivador. E ele me ajuda porque é muito trabalho fazer tudo sozinha. Para alguns casamentos chegou a preparar cerca de duas mil embalagens. Imagina embalar todos os docinhos? Depois não trabalho apenas com encomendas de Londrina. Envio também para Curitiba (PR), Foz de Iguaçu (PR), Cuiabá (MT), Campinas (SP), São Paulo (SP), Campo Grande (MS), e na nossa região, atendo muita gente. Graças a Deus, as portas sempre estão abertas", comenta. Conhecida e respeitada no mercado, Gelza tem boas parcerias, entre elas, com a confeitaria Mister Cuca. "Trabalhamos juntos há 5 anos", ressalta. Além da paixão pelo bonito trabalho artesanal que faz, Gelza tem outra grande paixão e que toma boa parte da sua atenção,: o neto Joaquim Henrique , 2 anos, filho de Márcio e Luciana A. Miranda Costa Suguiyama. "É a alegria da casa, não pára , mas depois que meu pai faleceu, meu neto chegou para dar um novo colorido às nossas vidas. Mesmo trabalhando diariamente, e, dependendo da época, em tempo quase integral, gosto de ficar com ele, curtir essa idade linda. Ser avó é muito bom. Quero agradecer a Deus em primeiro lugar por ter permitido nascer em um lar maravilhoso e acolhedor que é minha família, onde todos estão atentos a qualquer necessidade que cada um precise, pois meus pais (falecidos) tiveram dez filhos,; hoje somos em nove, que Deus abençoe a todos hoje e sempre. Louvo e agradeço a Deus por estar permitirndo que eu continue o meu trabalho", conclui.