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Vindo de uma infância pobre em que foi vendedor de verduras, Laércio Dias nunca poderia imaginar que conheceria dezoito países. "Quando eu era pequeno, meu pai ficou doente, teve leucemia. Vendeu o pequeno sítio que tínhamos e aplicou o dinheiro para que rendesse juros, mas ele não imaginava que, devido à inflação, ficaríamos sem nada", conta.
"Eu precisei ser engraxate e vender as verduras. Nos finais de semana eu carregava malas na rodoviária de Cornélio Procópio. Meu pai achou que lá eu não teria futuro e mudamos para Londrina. Mesmo doente ele continuou a trabalhar e eu fui para uma entidade que se chamava Guarda Mirim. Lá eles empregavam os adolescentes e também nos faziam seguir regras rígidas. Fui trabalhar em uma empresa grande, em que me efetivei depois do estágio, estudava e também me divertia. Mas, desde esta época percebia que minha paixão era o comércio; por isso saí do emprego. Fui para São Paulo vender madeira."
"Voltei para Londrina para trabalhar com vendas. Vendi tratores, jóias e com meu ex-patrão comecei a ser um empresário. Na época o país passou por uma crise e as vendas começaram a cair. Antes que consumisse todas as minhas economias comecei a vender carros e a me estabelecer financeiramente. Neste meio tempo fui fazer um negócio de caminhão no Acre; no percurso eu via caminhões carregados de madeira. E assim eu fui me apaixonando, pois eu queria um comércio mesmo, queria trabalhar honestamente com algo de que eu pudesse garantir a qualidade ao meu cliente", relembra Laércio.
Então de um caminhão que ele não havia conseguido vender é que nasceu a Digiatti. "Fui entregar este caminhão lá no Mato Grosso em troca de madeira, sequer sabia o que significava 200 metros cúbicos de madeira. Vendi um caminhão de madeira e fiquei com mais vinte. Então, entendi que era mesmo para abrir a madeireira e sempre contei com o apoio e incentivo de minha esposa. Iniciei o negócio com um sócio, mas a empresa era muito pequena para ter alguém para dividir, então comprei a parte dele e fiquei completamente sem dinheiro", conta.
Depois de muitas tentativas, surgiu a idéia de ampliar o comércio com a venda de vidros. Fizeram uma experiência na casa de um amigo de Laércio. E foi um grande sucesso. Hoje aí está a qualidade de trabalho que conhecemos! Depois desta história de luta e dedicação, a Digiatti Madeiras e Vidros tornou-se líder de mercado no seu ramo.
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