Profissionais do Ano Londrina

Para contar o perfil desse personagem me reportei ao sertão nordestino visualizei o amor bandido de Lampião e Maria Bonita trilhando os caminhos do cangaço e, transformando-se, na atualidade, literatura de cordel. Tudo isso porque, o advogado alagoano, Ricardo Jorge Rocha Pereira, tem muito orgulho de ser nordestino. Em sua estante lá estavam à figura de Maria Bonita e Lampião, dois heróis do cangaço unidos nos combates pela sobrevivência, em meio às injustiças sociais do Nordeste. De acordo com o advogado Ricardo Jorge a semiologia que se faz do sertanejo nordestino é que ele é um homem grosseiro. "Eu estava lendo recentemente uma bibliografia do homem nordestino, do autor Frederico Pernambucano de Mello, que prefere denominar de "homem pecuário", em decorrência de "contato mais direto com o gentio". Temos uma aparente rusticidade, mas não somos tão rústicos como aparentamos. Ele está integrado com a sociedade o que lhe dá certa lapidação, algo mais civilizado - conhecimentos como costumes, gostos, valores entre outros). Embora, essa convivência com o campo, boi, vaca, cavalos e outros animais nos dá essa aparência de rusticidade que é o símbolo maior de nossa raça em termos de raízes, é o que caracteriza nossa coragem, nossa garra e determinação para fazer as coisas. Ricardo Jorge formou-se em advocacia pela Universidade Estadual de Londrina, em 85, atua há 24 anos na área do Direito Empresarial. É o primogênito do casal de agricultores Inaldo Pereira Barros e Miriam Rocha Pereira. Tem três irmãos um deles é engenheiro agrônomo, o outro, médico e a irmã é artista plástica. Ele veio para Londrina com o intuito de fazer agronomia, mais findo fazendo o curso de Direito. "Sou um londrinense por aceitação de Londrina. Aqui me formei em Direito, aqui conheci minha esposa Walderez Therezinha Okano Pereira e aqui nasceram nossos dois filhos, Ricardo Rocha Pereira Filho (23), formado em Direito, atualmente trabalha em São Paulo na Procuradoria Regional da República e Luiz Rafael Okano Pereira (18), que estuda Administração e Economia no Ibmec São Paulo. Eu só tenho a dizer que eu amo Londrina por tudo que ela me deu", ressalta. "Segundo Ricardo Jorge a sua decisão em mudar de curso foi uma decisão muito séria, baseada no espírito de luta e conquista que sempre o inquietaram." Acho que o maior patrimônio que uma pessoa possa ter é sua liberdade e garantir seu destino. Para mim a advocacia é muito mais do que uma profissão é um estilo de vida, de liberdade de expressão, garra e luta, além de propiciar a exaltação das questões éticas acima dos interesses, mantendo uma visão crítica, alerta, para não se resumir em uma indagação meramente legal. Esses princípios que eu acho que são básicos e primordiais de qualquer ser humano, o Direito instrumentaliza de forma sistemática, pragmática, legal e normativa", conclui. Ricardo diz que só tem a agradecer a Deus. "O que eu posso querer mais da vida se cada vez que o tempo passa, eu sou mais abençoado, e sinto mais prazer em advogar. Desde que eu possa continuar advogando isso para mim é uma satisfação. Se me disserem que eu vou morrer amanhã, e na véspera da minha morte tiver algum conflito para dirimido, excelente. Eu vou cumprir com meu trabalho, essa é uma a atividade de um guerreiro", finaliza.