Alimente-se bem
A alimentação equilibrada e considerada saudável, é aquela em que os alimentos além de qualidade estão a disposição em quantidades suficientes para o bem estar do individuo, bom funcionamento do organismo e sua saciedade.
Por Maria Ap. Ferreira da Silva Bonfim - Nutricionista
21/11/2017
Quantas lembranças afetivas a alimentação pode nos trazer... Os bolinhos de chuva na casa da Avó, a sobremesa preferida da família servida no almoço de Domingo, o Bolo de Aniversário, o Jantar de Noivado ou da Festa de Formatura... Não importa a situação, se for para receber alguém como demonstração de acolhimento e carinho tem sempre um alimento para selar a ocasião! (Nem que seja um cafezinho).
Quero trazer pra você um texto que tive contato e me motivou a esta e outras reflexões, eu o extrai de uma citação do livro Nutrição Comportamental (Marle Alvarenga et al.):
“Nós esquecemos que, historicamente, pessoas comem por diversas outras razões que não as necessidades biológicas.
Comida é também prazer, comunidade, família, espiritualidade, relacionamento com o mundo natural e também é expressão de nossa identidade.
A partir do momento em que os seres humanos começaram a fazer refeições em conjunto, comer passou a fazer tão parte da cultura quanto da biologia.”
(Pollam, M. Em defesa da comida – um manifesto. Rio de Janeiro: Intrinseca; 2008.)
Pensar em alimentação saudável nos dias atuais está, de maneira equivocada, relacionado à privações e restrições alimentares muitas vezes sem nenhum sentido tampouco fundamentação científica que sustente sua eficácia. É claro que em situações onde há alguma desordem do metabolismo e/ou absorção de nutrientes ( como é o caso do Diabetes e Doença Celíaca...) além daqueles alimentos causadores de intolerâncias e alergias as restrições são imprescindíveis para manutenção da saúde e controle de doenças.
A alimentação equilibrada e considerada saudável, é aquela em que os alimentos além de qualidade estão a disposição em quantidades suficientes para o bem estar do individuo, bom funcionamento do organismo e sua saciedade.
Classificar os alimentos entre “bons” e “ruins” tem se tornado cada dia mais frequente, tal prática tem levado muitas pessoas a fazerem escolhas alimentares monótonas e pouco nutritivas pois é muito comum que ao pensar em emagrecimento o individuo pense SOMENTE em contar as calorias de um alimento e de fato isso é importante, porém, pensar na densidade de nutrientes dos alimentos TAMBÉM é importante para esse processo! Ressalto ainda que é inegável que muitos alimentos possuem propriedades funcionais, ou seja, são alimentos ou ingredientes que além do fornecimento de nutrientes quando associados à dieta usual e hábitos saudáveis têm efeitos metabólicos/ fisiológicos e/ou benefícios na promoção de saúde. No entanto, a alimentação deve ser um momento de prazer e não de punição para o individuo. Buscar um profissional pode ajudar a fazer escolhas nutritivas e saborosas, logo: “É possível ser feliz, comer bem e de maneira equilibrada”!
Nossas atividades do dia a dia, a famosa “correria”, por vezes nos tira o foco nos fazendo esquecer do que são nossas prioridades. E muitas vezes a alimentação fica em terceiro, quarto plano, quando não, a esquecemos e ai não a planejamos: omitindo/pulando refeições e também não reservando tempo e espaço confortáveis para realiza-las.
E se você me permite posso te dar uma dica? Parar 30 minutinhos já pode te ajudar muito, observar sua sensação de fome e de sede também é importante, além disso, não fazer escolhas alimentares movido por impulsos, pois muitas vezes as escolhas alimentares ‘impensadas’ nos levam a escolher alimentos muito calóricos, pouco nutritivos e que não saciam por muito tempo.
Durante este ano estaremos juntos nesta coluna e espero poder ser uma boa companhia a você!!! Alimente-se bem e até a próxima!
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